quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

folha branca

volto a sentar me diante desta folha branca
com a qual tantas vezes desabafei,
Com a qual me sentia segura...
Esta folha que me confortava e ouvia as mágoas...
Hoje assusta-me!
Mudou!
Não sei se a folha, não sei se eu...
Mas diante desta folha branca,
Sinto que o vazio se instalou,
que nada é igual,
mas nunca nada foi igual...
As palavras saem tremidas,
a caneta retém se em cada uma delas na incerteza,
e eu não me vejo, não me sinto...
Não sei que aconteceu, ou por que aconteceu,
mas as palavras fugiram-me...
E o que outrora me fazia falar a esta folha branca desapareceu...


segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Delirios de Inverno

O vento assobia lá fora,
A minha alma assobia cá dentro...
Estou sentada diante da lareira que me aquece os pés,
Contudo tenho o coração gelado...
O silêncio enche a sala,
Mas eu sinto me vazia...
Dictomias de uma noite de Inverno
Em que a chuva é salgada e corre no meu rosto...
Sem que eu tenha vontade,
Sem que eu a consiga deter,
Chove lá fora e cá dentro...
Maldita Chuva!
Maldito Vento!
Maldito seja o Inverno que se abateu sobre mim...
Longas noites escuras de ceú nublado...
Ai!
Delírios de uma noite de Inverno vendo o fogo arder em mim...