sexta-feira, 20 de junho de 2008

subentendida?...

Li me,
E voltei a reler me,
E não me compreendi...
O que senti, hoje não sinto mais...
O que desejava, não quero saber...
Sonhos que sonhei, hoje já não recordo...
Apenas me percebo nas entrelinhas do que escrevo...
Entre elas encontro aquilo que perdi,
As memórias do que senti...
Do que fui sem querer ser...
Do que fizeram de mim,
Aqueles que me desejaram...
E recordo me daquilo que fui,
Daquilo que sou!
Alguém com vontades de ser só!
Sem dependências, sem amarras...
Um eterno ponto de exclamação,
Com ânsia de se tornar reticências...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Sofrer...



Hoje quero sofrer!
Quero punir me com a dor...
Magoar me a mim própria,
Como sei que magoo os que me amam...
Mas eu não quero que me amem!
Não mereço que me amem!
Não fiz nada para me amarem!
Por favor, simplesmente Não me amem...
Não sei retribuir esse amor,
Esse carinho que me dás, não sei...
Sou uma espada de dois gumes,
Um animal selvagem,
Uma flor espinhosa...
Que fere quando menos se espera...
Não mereço amor,
Não mereço confiança...
Mereço a solidão,
Mereço tudo aquilo que dei,
Ilusão, indiferença...
A quem só me deu coisas boas...
Por favor...
Hoje deixem me sofrer...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Sonhar a vida




Porque hoje fecho os olhos,

E sonho a minha vida,
Aquela que nunca tive,

Aquela que nunca terei,

Mas que não deixa de ser minha...

Uma vida inconsciente e feliz,

Uma vida sem mim,

Uma vida sem existência,
Mas com vontades,
Onde sei quem sou,
porque não existo...

Onde só os outros existem,

Porque são a minha vida...

Hoje sonho a minha vida,

Porque não quero vivê la...

Quero preservá la

Assim, como está,

Acordar amanhã e ainda ser hoje.

Porque hoje sonho a minha vida...