sexta-feira, 29 de junho de 2012

O preço que pagamos...











Volto a escrever,
Sem o peso da angústia e da melancolia
Que faziam parte de mim...
Não me sinto eu,
As palavras estão aprisionadas no fundo do meu ser,
No mesmo lugar onde aprisionei o meu excesso de sentir...
Mas agora sou normal, já me enquadro...
Já não sinto em demasia...
Já não sinto...
Tornei me uma versão empobrecida de mim...
Sinto falta de mim, dos excessos,
Da bipolaridade e das lágrimas...
Sobretudo das lágrimas sofredoras,
Que escreviam por mim...
Hoje já não sinto, já não sofro, já não choro...
Mas também já não escrevo...
Mas já me enquadro...


1 comentário:

FATifer disse...

Fazes-me lembrar a canção “mal por mal” dos Deolinda mas se te sentes bem assim… se é o preço que estás disposta a pagar… quem sou eu para por em causa a tua opção (partindo do pressuposto que foi uma opção… que acaba sempre por ser).

Beijinhos,
FATifer