
Afogo me neste copo,
Que me afoga as mágoas.
Deixo me levar por uma fada verde inconsequente...
Viajo por terras a mim desconhecidas,
E por outros adoradas...
Vicio me neste gosto letal de pecado,
Travo amargo o da tentação,
Cheiro ocre o do vício.
Deixo me consumir pelas sensações,
Deixo me alucinar na total lucidez do absinto.
Tantos que nele cairam,
Tantos que se deixaram seduzir...
Entendo agora o porquê....
Esqueço tudo, embriago me,
Perco tudo!
De uma só vez...
Mas quando subitamente me sinto como nunca senti...
Livre de pensamento...
A divagar,
A ansiar a inspiração das fadinhas verdes...
Que loucura...
Diante deste copo...
Que mata e consome as almas,
Também eu desejando ser consumida,
Pelo génio dos que a ele o consumiram...