quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Quanto tempo o tempo tem???


Nunca corri para nada,
Não sei porquê,
Nunca senti pressa,
Apercebo-me disso agora
Ao percorrer as ruas da minha cidade.
Noto, que todos à minha volta correm,
Correm incansavelmente,
Por mil e um motivos...
Como já disse...
Não tenho pressa!
Não é por eu ser mais rápido que o relógio
Vai ter piedade de mim, e abrandar,
Ou até mesmo parar a sua contagem que a cada
Segundo se aproxima do fim.
Será por isso que esta gente corre?
Por pensar que pode adiar o inadiável?
Talvez, não sei!
E a correria continua,
Dia e noite, incansavelmente,
No que quer que façam.
Parece que os seus corpos,
Apenas conhecem aquele ritmo.
O pequeno almoço, é tomado a correr,
O trabalho é feito à pressa,
E até um beijo que devia de ser lento e duradouro,
É dado com uma rapidez impressionante.
Não! Recuso-me!
Jamais correrei para o que quer que seja.
Eu quero tempo!
Preciso de tempo!
Tempo para mim, tempo para reflectir,
Tempo para apreciar o que me rodeia.
Tempo, simplesmente, pelo prazer de ter tempo...
Pelo prazer de o poder gastar...
Olho em meu redor,
Olho esta sociedade atarefada,
Que nunca tem tempo,
Ou que diz que o tempo é curto...
Sou diferente!
Na maneira de pensar e agir...
Sou capaz de parar diante de uma árvore,
Unicamente, para a ouvir crescer...
E isso faz-me feliz, faz-me sentir,
Faz-me viver...
Faz com que eu veja que ainda não me perdi
Neste mundo onde os relógios governam...
Assim sou eu... Sem pressas...
A olhar esta multidão que se desloca,
Toda no mesmo sentido,
Não sei para onde...
Só sei que não é para onde eu vou...!

2 comentários:

Anónimo disse...

linda nem sei o k dizer!! inda tou a pensar nas palavras k li!

tens tanta razao k ate xateia :P

Anónimo disse...

Adorei este poema! Acho k tens toda a razão do mundo! Horários, horários...a eterna falta de tempo para fazer o que quer que seja...a eterna falta de tempo para fazer tudo aquilo que nos dá prazer...tudo aquilo que nunca conseguimos fazer...porque n há tempo! Passam-se dias e dias preenchidos com trabalho, em que mal conseguimos, sequer, parar para pensar e respirar. Oxalá o nosso mundo parasse, por momentos, e pudéssemos, finalmente, viver! Beijinho...Carina Rosa.