sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

Caixa de pandora...


Guardo no mais fundo de mim,
Uma caixinha, fechada a sete chaves,
Quem a abre??
Apenas eu...
Quem sabe o que lá há??
Apenas eu...
Não deixo nada nem ninguém se aproximar,
A caixinha pertence-me
E eu, pertenço á caixinha...
Não quero que saibam que a guardo...
Não quero que saibam que a escondo...
Esporadicamente,
De tempos a tempos,
Vou, pé ante pé, com todo o cuidado,
E destranco a caixinha...
Esta caixinha contém o meu passado.
Contém aquilo que fui,
Os amores perdidos, os amores enterrados...
Os amores falhados,
A caixinha contém me a mim...
E quando a abro solto tudo,
Revejo o passado, os momentos...
Os momentos felizes, os momentos tristes...
Quando abro a caixinha choro, rio, lamento me...
Mas depois volto a fechá-la...
Tranco calmamente a caixinha...
Esqueço o que relembrei...
O que passou, passou...
O que importa realmente...
É aquilo que sou,
É aquilo que está fora da caixinha...
Eu... simplesmente eu....

Mendigar o amor...


Há dias que não durmo,
Há semanas que não descanso,
Vivo sem sossego,
Vivo inquietada,
Vivo sem saber que fazer
Sem saber para onde ir
NAO!!
Por acaso até sei para onde ir,
Mas lá, não há lugar para mim.
Não há um canto, onde me possa aninhar,
Onde possa sossegar, não há!
E eu continuo,
A minha existência deserta
O meu desespero sem esperanca,
Continuo a minha caminhada
Sem alguma vez sair daqui.
Sinto-me paralisada,
Por saber que não sou aceite,
Por saber que não me posso dirigir
Para onde eu quero ir.
Não fiz mal a ninguem,
Nunca me neguei...
ENTÃO?...
Porque não sou aceite?
Estou farta de gritar,
De barafustar,
Quando eu só quero um lugar para me encostar,
E descansar!
Sem pensar no frio,
Na mágoa que já senti,
No vazio de estar sozinha.
Se eu conseguir esse espaço,
Juro q esqueço,
Tudo o que passei, tudo o q chorei ,
Nao guardo ressentimento,
Eu só quero descanso,
Só quero a paz,
Só quero um abraço.
Quero o meu Lugar.
E esse lugar, é, e será onde me recusam.
E batalharei ate estar segura,
Ate ser aceite.
E me estenderem o braços.
Só nesse momento poderei dormir,
Poderei descansar,
Terei enfim, sossego...
Terei para onde ir...
E é nos teus bracos q eu quero estar...

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Quanto tempo o tempo tem???


Nunca corri para nada,
Não sei porquê,
Nunca senti pressa,
Apercebo-me disso agora
Ao percorrer as ruas da minha cidade.
Noto, que todos à minha volta correm,
Correm incansavelmente,
Por mil e um motivos...
Como já disse...
Não tenho pressa!
Não é por eu ser mais rápido que o relógio
Vai ter piedade de mim, e abrandar,
Ou até mesmo parar a sua contagem que a cada
Segundo se aproxima do fim.
Será por isso que esta gente corre?
Por pensar que pode adiar o inadiável?
Talvez, não sei!
E a correria continua,
Dia e noite, incansavelmente,
No que quer que façam.
Parece que os seus corpos,
Apenas conhecem aquele ritmo.
O pequeno almoço, é tomado a correr,
O trabalho é feito à pressa,
E até um beijo que devia de ser lento e duradouro,
É dado com uma rapidez impressionante.
Não! Recuso-me!
Jamais correrei para o que quer que seja.
Eu quero tempo!
Preciso de tempo!
Tempo para mim, tempo para reflectir,
Tempo para apreciar o que me rodeia.
Tempo, simplesmente, pelo prazer de ter tempo...
Pelo prazer de o poder gastar...
Olho em meu redor,
Olho esta sociedade atarefada,
Que nunca tem tempo,
Ou que diz que o tempo é curto...
Sou diferente!
Na maneira de pensar e agir...
Sou capaz de parar diante de uma árvore,
Unicamente, para a ouvir crescer...
E isso faz-me feliz, faz-me sentir,
Faz-me viver...
Faz com que eu veja que ainda não me perdi
Neste mundo onde os relógios governam...
Assim sou eu... Sem pressas...
A olhar esta multidão que se desloca,
Toda no mesmo sentido,
Não sei para onde...
Só sei que não é para onde eu vou...!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Medo de ter medo...


Porquê? Porquê?
Este medo assombra-me,
Não sei do que tenho medo,
Mas ele está lá,
Persegue-me ,
Impede-me de mover,
De dar um passo que não seja em falso.

Sou cobarde,

Escondo-me,

Sempre me escondi!

Do quê?

De tudo, de nada, de mim!

Não me quero sentir,

Mas não quero piedade!

Não quero que me olhem!
Tenho medo quando me olham.

Eu quero ser eu,

Seja quem eu for...

Não sou digno de erguer a cabeça,

De me revoltar,
Mas eu não me quero revoltar...

Porquê?

Porque tenho medo.

Medo de ouvir os risos,
De ser alvo de chacota,

Como tantas vezes fui.

Não me importo de o ser,

A sociedade assim me moldou.
Por não ser ninguém,

Por ser insignificante.

DEIXEM-ME!

Eu não quero atenção!
Eu não a mereço...

Larguem-me onde me encontraram,

E abandonem-me á minha cobardia,

E ao meu medo,

Quero ser devorado por eles...

Partam!!

Por favor, Partam...

Mas não me olhem...

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Eu quero descer!!!


O mundo gira, o tempo passa,
Dia após dia, uma repetição constante.
Somos pequenas marionetas do destino,
Penduradas por fios invisíveis,
Ora dançamos para um lado, ora para outro.
E o mundo continua a girar,

E o tempo continua a passar,

E lá vem a rotina, lá vem o marasmo,

Vem um dia inteiro carregado de apatia,
Os mesmos sorrisos, os mesmos gestos,
As mesmas aulas, as mesmas conversas,
Os mesmos sítios,
Os mesmos... os mesmos...

É tudo o mesmo,
Tudo é igual,
Nada muda...
Dia após dia, uma repetição constante.

E o mundo vai girando...

E o tempo vai passando...
Mas não aguento, não aguento mais...

AAAAAAAAAHHHHHHHH!!!
Parem!
Parem o mundo! Eu quero descer!

Estou farta de girar, não quero mais!

Não sou, e recuso-me a ser uma marioneta...

Sou diferente, todos os dias...
Quero cortar os fios que me prendem,
Quero a libertar me do destino que me controla...
Mas sei que as minhas diferenças e as minhas vontades, nada mudarão....
Uma voz solitária não tem força.... pra parar o que quer que seja...
E até porque, o mundo gira!
E o tempo passa!

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

Hoje Não! Mais tarde....


Hoje não! mais tarde...
Não quero ser igual a todos os outros.

Hoje não te vou dizer o quanto gosto de ti,

Não te vou oferecer uma prenda lamecha,

Nem vou jantar à luz de velas contigo,

Não vou passear de mãos dadas,

Não vou esquecer as nossas zangas

E ver o pôr do sol bem abraçados.

Hoje não! mais tarde...
Hoje não preciso de nada disto,

Não quero seguir os passos das massas,

Não quero apenas um dia para demonstrar os meus sentimentos,

Não quero apenas um dia para que os outro vejam a minha felicidade contigo.

Quero os outros restantes 364 dias, para ser feliz contigo.

E hoje, que subitamente todos se tornam românticos,

Eu torno-me realista...
Hoje não! Mais tarde...
Mais tarde, amanhã, depois de amanhã, sempre,
Mas hoje não! mais tarde... Quero dizer que te adoro,
Quero demonstrar tudo o que sinto,
Passear de mãos dadas,

Sorrir de felicidade...

Mas hoje não! Mais tarde...

terça-feira, 13 de fevereiro de 2007

Indecisões


Nao sei o que sinto!
Sinto o que nao sei!
Vivo para o mundo,
Vivo para ti,
Vivo para a vida!
Quero tudo!
Nao quero nada!
Amo-me so a mim,
Quero aprender a amar a vida
E principalmente a amar-te a ti!
Fujo daquilo que nao quero,
Corro para aquilo que quero,
Lembro-me do Passado,
Quero esquecer o Futuro,
Vivo o Presente,
Mas desejo voltar ao passado!
Digo-te que NAO,
Mas quero-te SIM!
Viro a cara ao teu beijo,
Mas quero encher-te de carinho,
Quero um abraço,
Mas recuso olhar-te nos olhos,
Quero beijar-te,
Mas recuso abraçar-te.
Quero viver contigo para sempre,
Mas nao quero partilhar a minha vida.
Quero dizer-te o que sinto,
Mas nao te quero ouvir.
Quero ODIAR-TE,
Mas não consigo deixar de te AMAR.
Contrario-me em todas as decisoes da minha vida,
E tu... És a maior de todas elas...!!

Amigo SEMPRE


Estás aí??
.....
Fala comigo!
.....
Sei que não me abandonaste,
Os amigos não se abandonam,
Sei que me ouves, que me continuarás a ouvir,
Mesmo que os meus gritos sejam mudos,
Mesmo que as lágrimas sequem...
Não me negarás os teus braços, nem o teu sorriso...

EU PRECISO DELES... PRECISO DE TI!!!
Fala comigo, não te escondas, sei que gostas de mim
Perdoa-me... eu já me perdoei... já não choro no escuro,
Já me abri ao mundo, já deixei a vida penetrar em mim,
Agora só faltas tu meu amigo, o teu lugar continua no meu coração,

PENETRA NELE POR FAVOR!!!

O primeiro dia do resto das nossas vidas...

Não tenhamos pressa,
Mas também não percamos tempo...
Um passo de cada vez,
Dia após dia e lentamente chegaremos onde queremos...
Mas...
Onde queremos chegar???
Porquê a pressa de chegar???
Porquê a espera???
Eu quero saber!!!
O que me espera???
A Morte???
Uma vida no paraíso???
Não sei... Não quero saber...
Vendem-me os olhos,
Afastem a realidade de mim,
Quero viver feliz,
Quero morrer feliz,
Quero ser feliz...
Onde???
Não sei!!
Quando???
AGORA!!!
O amanhã não existe...
Mas eu sei que tu existes,
Sei que me olhas, com desdém, com paixão...
Então vem comigo,
Olha me um pouco mais de perto,
Mais perto,
Um pouco mais perto,
Perto o suficiente para eu esquecer as questões...
Esquecer que existo em mim...
Quero existir apenas em ti...