quarta-feira, 16 de abril de 2008

Pequeno mundo...

Passa me tudo ao lado...
Destruição, desgraças...
Não as quero ver...
Inspiro fundo,
Semicerro os olhos,
E enclausuro me no meu pequeno mundo encantado...
Nele não há fadas nem felicidade constante,
Não há mágoa nem catástrofes,
No meu pequeno mundo,
Existo eu!
Eu, sem ilusões...
Mas desejando por me iludir com as pequenas coisas...
Neste mundo sem portas nem janelas,
O mundo real fica lá fora,
Precipitando se para o abismo
Sem volta a dar....
Enquanto eu sonho,
Enquanto eu vivo,
Fechada no meu pequeno mundo encantado,
Com medo do que está pra lá dele....

2 comentários:

Anónimo disse...

“Deixaste me curiosa... Eu acho que não consigo ser cruel nos meus julgamentos... Realista talvez,tal como tu és para comigo...”

Acredita que pensei duas vezes ante de escrever ("quem sabe um dia te mostre um poema meu (se prometeres não ser muito “cruel” a julgar-me).") mas tenho este defeito; por vezes não resisto mesmo sabendo que não devo… também não acredito que fosses “cruel”, daí as aspas, tenho essa mania de usar palavras demasiado fortes por vezes … acredito também que o teu realismo, como dizes, dado o teu padrão (elevadíssimo) te levaria a ficares desapontada, ainda para mais depois de te ter deixado curiosa… mas não será por isso que não te mostrarei um poema meu (sou daqueles que quando digo que faço, faço) – cria um mail qualquer (se quiseres manter o teu anonimato) e envia-me para fatifer@gmail.com que eu enviar-te-ei um poema meu… depois espero o teu realismo…

Falando deste teu último poema… o que dizer?... sabes aquele sorriso que fazemos quando reconhecemos algo? Pois esse mesmo!... foi o que fiz ao ler-te… não vou dizer-te que escrevia tal e qual mas vou dizer-te sim que, sei exactamente do que falas, também tenho o meu mundo pequenino (acho que todos temos quer activamente tenhamos consciência disso ou não) e lá somos nós que ditamos as regras… percebo-te, entendo-te e sinto as tuas palavras quase como minhas, à excepção do último verso (pelo menos no sentido literal) pois nunca tive medo do mundo “real”. Tive sempre curiosidade em descobrir coisas novas, novas realidades, coisas que pudessem pertencer ao meu mundo, que fossem dignas de lá pontificar… o meu mundo é pequenino mas tem muito espaço para tudo o que é belo como as tuas palavras, por exemplo :)

FATifer

crazy_girl disse...

fatifer:

"mas tenho este defeito; por vezes não resisto mesmo sabendo que não devo"

Não deves?? Não deves nunca é deixar de ousar...

"dado o teu padrão (elevadíssimo)" Padrão elevadíssimo?? lol Por enquanto contento me com as coisas simples e que me transmitem uma boa "vibe"...

Acho que o e mail do meu blog está vísivel por aí algures na página... lol... orgaxmu@gmail.com

"nunca tive medo do mundo “real”"
Infelizmente eu tenho... tenho medo destas catástrofes, e desastres que assombram o homem moderno, tenho medo de morrer sem deixar nada que me recorde, tenho medo que as pessoas mais chegadas morram, tenho medo de tanta coisa que prefiro me fechar neste pequeno mundo... ;) Mas sem me isolar completamente, e sem perder a lucidez... ou não! ;p

Bjokas ;)