terça-feira, 8 de abril de 2008

Sonhei-te...




Sonhei-te!

Esta noite sonhei-te!
Tu pegaste me na mão,
Pousaste me um beijo nos lábios,
E levaste me para dançar,
Sob a chuva que caía...
Elevei me na ponta dos pés,
Senti me por entre as estrelas...
E dancei...
Dancei, sem me preocupar...
Dancei, sem saber dançar...
Dancei até me cansar,
Até não me apetecer mais...
Até reparar que, não sabia dançar...
E o sonho desvaneceu-se em mim...
Acordei para a minha vida,
Com um sorriso nos lábios.
A chuva batia na janela,
Levemente, chamando me...
Um tímido convite...
E apeteceu me dançar...
Dançar loucamente sob a chuva...
Até me cansar...

4 comentários:

Anónimo disse...

Fizeste-me lembrar um episódio da minha vida… o dia em que acabei a dançar a valsa com a rapariga mais bonita da festa… não foi um sonho mas, a esta distância, até parece… obrigado por me fazeres lembrar esse momento feliz.

Andas inspirada, foi bom ter-te descoberto nesta altura.

Continuo a ler-te com e por prazer…

FATifer

crazy_girl disse...

fatifer:

Há episódios da nossa vida que se misturam com os sonhos, este é um deles... já dancei tantas vezes à chuva mas sempre sob um contexto errado, que por vezes preferia que fosse só um sonho, e que tudo tivesse acontecido segundo a minha vontade... não sob a vontade do destino.
E ontem lembrei me disso porque acordei de manhã e chovia na minha janela, e apeteceu me dançar à chuva como tantas vezes sonhei...

Sonho e vida... Um só!

Quanto à tu ousadia, que mais é senão uma acto de coragem...
O mundo pertence aos corajosos, que decidem ousar...

Bjokas

Anónimo disse...

Ousei deixar-te um beijinho e chamas-lhe um acto de coragem… vejo-me qual cavaleiro a lutar pela justiça e o bem… “O mundo pertence aos corajosos, que decidem ousar...” dizes… que bom seria se assim fosse (no meu mundo é mas) no “mundo real” ambos sabemos que não é necessariamente isto o que acontece… ok não vou deixar de ousar, de lutar pela justiça e pelo “bem”, de tentar continuar a coleccionar o momentos de felicidade e prazer que a vida me oferece... mas a vida ensina-nos que nem sempre conseguimos alcançar o que ambicionamos (embora nós, qual sísifos, continuemos a tentar).

Lendo não consigo dizer porque escrevi o que escrevi… será talvez para deixar um pouco de mim, como pedes aos teus visitantes… então aqui ficou um pouco do pessimismo optimista quem me caracteriza… se dizes que és a dualidade eu costumo dizer que sou uma antítese …

Por mais que não seja de dançar gostei da imagem que aqui deixaste do dançar à chuva… mais tempo tivesse e divagaria (como já fiz acerca da ousadia) mas às vezes, tal como na poesia, é melhor não analisar mas sim apreciar (como se eu conseguisse não analisar…) Contento-me assim com a imagem que deixas, sem mais nada dizer…

Beijinho,
FATifer

PS - continuo a ousar ou será só porque me sinto na obrigação de retribuir as tuas "Bjokas"?

crazy_girl disse...

fatifer:

"(embora nós, qual sísifos, continuemos a tentar)."

Não me importo de ser mais um sisifo neste mundo, desde que não tenha o castigo final que este teve. ;)

Brigada por esse bocadinho de ti... Faz me sentir mais próxima de quem por aqui passa (apesar de serem poucos).

Também não consigo deixar de analisar, nem a mim própria.
Faz parte da minha educação (pessoal e académica) decompor as coisas até chegar ao centro delas...

O português é beijoqueiro,e já está enraizado na nossa cultura os beijos de boas vinda e os beijos de adeus... E eu como portuguesa que sou não me consigo despedir sem eles.

Bjokas ;)